A palavra “parceria” tem sido utilizada com cada vez mais frequência, porém é necessário identificar com muita clareza as intenções de cada integrante desta relação, checar se as partes possuem algo relevante para agregar um ao outro. Por vezes, um dos lados necessita muito de algo, com pouco a retribuir em curto, médio ou longo prazos, gerando assim uma relação com um grande potencial para terminar desfavoravelmente. Fazer boas parcerias demanda maturidade, transparência e honestidade.

É verdade que estabelecer parcerias de qualidade e saudáveis, para todos os envolvidos, é fundamental para um crescimento consistente, principalmente em tempos turbulentos. Também para aqueles que entendem que a cooperação pode trazer mais resultado do que a competição, ou que relacionamentos verdadeiros fazem com que todas as partes envolvidas cresçam, ao passo que situações onde os reais interesses não sejam compartilhados acarretam estresse, frustração e outros sentimentos, bem como consequências negativas.

Sólidas parcerias podem constituir parte essencial de um ecossistema poderoso, para aqueles que delas fazem parte. O estabelecimento de parcerias profícuas pode contribuir com relevantes vantagens competitivas, mas, que fique bem claro, parcerias não são pré-condições para que uma carreira ou negócio tenha sucesso. As dicas abaixo são para aquelas pessoas ou empresas que possuem parcerias e querem que elas cresçam em valor e retorno, ou para quem quer iniciar ou aumentar o número de relações onde haja alinhamento, sinergia, colaboração, união e uma coesão de princípios e propósitos. Afinal de contas, não podemos negligenciar a importância das palavras “a união faz a força”, proferidas desde a Grécia antiga, pelo escritor Esopo!


1 – QUANTO MENOS UM PRECISAR DO OUTRO, MELHOR
Quanto menos um lado precisar do outro, menor a chance de a relação ser desigual, e maior a de ambos, por outro lado, somarem algo para que cresçam, simultaneamente. Quando a existência ou sobrevivência de um possui uma relação muito forte com a necessidade da presença do outro, a parceria corre um risco de que o lado mais necessitado não compartilhe sua verdadeira agenda e razões para querer iniciar a parceria, ou, mesmo com boas intenções, não consiga um dia retribuir tudo o que recebeu. Por isso, o lado que estiver em uma situação mais estabelecida, ou privilegiada, deve tomar mais cuidado, antes de embarcar em uma situação onde o outro, no início, terá muito mais benefícios e vantagens. Separar a primeira impressão, que pode ser muito positiva, do que de fato o outro pode oferecer, é chave. Caso, no início da parceria, as partes envolvidas tenham uma relação desigual entre o que podem oferecer, isso não deveria ser visto como um impeditivo para o sucesso da relação, todavia, em algum momento, um equilíbrio entre o que é oferecido e recebido pelas partes deve ser atingido, ou chegar próximo disso.


2 – FOCAR NA ABUNDÂNCIA
Sintonizar na rádio da abundância irá fazer com que o número de oportunidades de crescimento, para todos os incluídos, cresça consideravelmente. Pensar em termos de abundância não é o mesmo que desperdiçar, dar pouca importância ao que se possui ou ser irresponsável. É acreditar que há o suficiente para todos, pensar positivo, confiar e não prejudicar, somar e não tirar algo de alguém. O pensamento de escassez faz com que a velocidade diminua, a luminosidade do caminho enfraqueça, a desconfiança surja e, com certeza, menos do que poderia acontecer de bom, acaba acontecendo. As pessoas podem começar a adotar uma postura defensiva. Se uma das partes sempre colocar em primeiro lugar a necessidade por garantias de não perder dinheiro ou tempo, ou qualquer outro recurso, antes de disponibilizar o que possui para agregar no relacionamento, pode gerar ruídos de comunicação ou sentimentos, ocasionando o início do fim, de algo que começou com as premissas erradas. É simples: para o sucesso, comece com a mentalidade da abundância.

Em breve será publicada a continuação das dez dicas para uma saudável parceria de sucesso.

Autor: Alexandre Ribas