7 – CRIAR UMA RELAÇÃO DE INTERDEPENDÊNCIA
É importante iniciar uma parceria em condições semelhantes do que cada um pode oferecer ao outro, idealmente quando o que um oferece ao outro se complementa. Se isso não é possível no início, uma vez que muitas vezes não é, torna-se importante que seja uma meta a ser atingida, com o tempo. Relações que possuem início desigual podem muito bem se alinhar ao longo do tempo, com benefícios mútuos em quantidade e qualidade. Por outro lado, há situações onde um lado usa o outro como escada, sem se atentar à necessidade da reciprocidade. Para piorar, pode usar a outra parte, não retribuir e ainda virar concorrente. Se uma parte da relação é muito independente da outra, então a parceria pode não ser necessária, enquanto que, se a relação for de forte dependência, a parceria pode começar a ser nociva à parte que está sendo utilizada, sem receber nada em troca. Parceiros devem andar lado a lado, devem ser pares em intenção e contribuição. É elementar que haja equilíbrio na relação. A força e a velocidade de crescimento aumentam quando existe a interdependência em uma relação!


8 – ADMIRAR O PARCEIRO

Quando um lado possui inveja ou se incomoda com a competência, conhecimento ou sucesso do outro, o resultado bilateralmente positivo da parceria estará seriamente comprometido. Muitas vezes, uma pessoa com menos idade, menos experiência, já pode ter uma maior competência, um crescimento mais acelerado ou um maior reconhecimento do que o outro. Em outras vezes, uma pessoa que começou depois já pode desfrutar de um maior prestígio, projeção e melhores resultados financeiros. A inveja também pode vir em razão de um lado ser mais rápido ao tomar decisões, possuir maior iniciativa, dispor de uma maior desenvoltura nas redes sociais ou possuir alguma característica que seja importante para se destacar, progredir e se realizar. A admiração nos elava, enquanto a inveja, principalmente quando acompanhada de arrogância, apequena e degrada não só a relação de parceria, como também o lado que padece de dor de cotovelo. Ao respeitar, elogiar e apreciar, nos elevamos!


9 – NÃO MANIPULAR O PARCEIRO

Alguns profissionais podem se aproximar de outros, utilizando de uma grande habilidade de convencimento e sedução, prometendo grandes benefícios, como aumento de vendas, contatos importantes, novos negócios, etc. A conquista do outro através do carisma, poder de persuasão e argumentos “matadores” pode esconder a fraqueza dos argumentos, a fragilidade do momento da pessoa, ou ainda intenções distintas das pronunciadas inicialmente. Quando o outro lado percebe o que realmente está acontecendo, pode ter a sensação de ser inundado por um balde de água fria, o que acaba por trazer uma enorme frustração na relação. Um parceiro não é uma medalha a ser conquistada, para ser guardada na sala de troféus. Alguns profissionais parece que se alimentam e pagam contas pela quantidade de pessoas que conseguem encantar e influenciar. São campeões em gerar expectativas positivas, mas não necessariamente em corresponder a elas. Com certeza é importante que haja simpatia e entusiasmo entre as partes envolvidas, porém é crucial lembrar que o que dará sustentação à relação são evidências tangíveis e mensuráveis de ganhos e benefícios para todos os envolvidos.

Em algum momento, a expectativa gerada deverá ser atingida, ou superada. Surpreenda positivamente seus parceiros!


10 – TERMINAR COM RESPEITO E AMIZADE

Uma vez ouvi, de um conhecido, que uma das maneiras de conhecermos uma pessoa de verdade é no momento da separação, ou encerramento da relação. Momento em que as máscaras caem e/ou há uma real noção dos prós e contras do relacionamento, bem como quando um percebe se realmente sabia quem o outro era, de verdade. O encerramento de uma parceria é um momento da verdade a respeito do que ocorreu ao longo dela. É importante que, no decorrer da parceria, haja pontos de checagem, para que possam ser corrigidos eventuais desvios. Ao fim da parceria, ao se medir a temperatura da relação, deve haver um predomínio de ganhos recíprocos, e uma sensação de que um sem o outro não teriam chegado tão longe, sozinhos. Uma outra maneira de avaliar o sucesso de uma parceria é se esta deixou como legado, no mínimo, respeito, ou também, quem sabe, uma sólida e sincera amizade!

Ser humano é ser gregário. Precisamos de alguém ao nascer, de muitas pessoas durante toda a vida e precisaremos de alguém após o nosso falecimento, para, ao menos, termos um enterro digno. Algumas pessoas, principalmente as mais agressivas, individualistas, corajosas e “mandonas”, podem se iludir, pensando que fazem e acontecem sozinhas e que as pessoas à sua volta estão à sua disposição para fazerem o que é apenas do seu interesse. Podem tratar pessoas como coisas, ou como meras peças de xadrez, do próprio tabuleiro. Essas pessoas podem até ter atingido um determinado grau de sucesso, apesar da maneira como tratam os outros, e não em razão de. Com certeza essas pessoas iriam ainda mais longe, caso tivessem cultivado relacionamentos mais salutares, previsíveis e verdadeiros.

Ao analisar o sucesso de uma pessoa, não analise apenas uma dimensão da vida, investigue as outras dimensões, uma vez que o equilíbrio entre elas é fundamental, para que o sucesso seja legítimo, resida em bases sólidas e não traga um efeito colateral indesejado. Nos dias de hoje, é comum encontrar um peso maior nas dimensões associadas ao dinheiro, carreira, status e prestígio, porém todos nós temos outras importantes dimensões, como família, amigos, saúde, lazer, espiritualidade e sociedade. Ao buscar parcerias ou fortalecer as existentes, pense que existem várias dimensões que devem ser contempladas para um sucesso saudável, para todos os envolvidos. Uma viagem em boa companhia provavelmente será mais divertida!

Autor: Alexandre Ribas